Sgra-Snyan

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A antiga "rota da seda", que vai do Mediterrâneo ao Sião, no centro-leste da China, fez da Ásia Central um ponto de encontro de muitas culturas. Este alaúde, um exemplo extraordinário de intercâmbio musical entre o Oriente e o Ocidente, é semelhante aos instrumentos tocados por anjos retratados nas pinturas rupestres budistas do século VII. Ele oferece algumas dicas sobre o desenvolvimento do sgra-snyan moderno. O corpo, com duas câmaras cobertas de pele, é um raro exemplo de uma forma de transição arcaica que parece apontar para o robab afegão e vários tipos de alaúde do Himalaia. Elementos decorativos, como as peles verdes, como as do damarn, e os retratos de Buda e músicos, pintados em marfim pintado com folha de ouro, são típicos do Tibete do século XV. O verso, a escala e a caixa de fixação revelam cartelas e palmetas que lembram a Pérsia do século XVII. Folhas de estanho aparecem como uma camada inferior prateada em uma seção desgastada do instrumento. O gesso pintado adere à superfície, resultado de um antigo processo de douramento conhecido como adoratura. Originalmente, havia seis cordas presas a este instrumento, mas a caixa de cravelhas foi encurtada para acomodar cinco, com uma possível sexta corda presa a uma cravelha lateral. Apesar do aparecimento de Buda e seus músicos, o sgra-snyan não era usado em ambientes religiosos, mas acompanhava canções seculares.

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